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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Seu Madruga Vila e Obra



A sugestão veio daqui do blog mesmo do nobre camarada Edward. De cara já gostei do livro principalmente por causa desse "Vila e obra" e da resenha que li.
Engraçado é que o livro está na seção "literatura estrangeira", cheguei até a cogitar por um momento que Pablo Kaschner (autor do livro) era do estrangeiro mas como tinha imaginado a priori , ele é brasileiro.
Como quase todo mundo faz, eu li a quarta capa do livro (o texto que fica no final do livro) e me desanimei um pouco. " Qual a cor dos olhos do Seu Madruga", "Quantos cascudos ele deu no Chaves"(?) , não era o que eu tinha imaginado sobre o livro e que fique claro não é o conteúdo do livro! Claro que se fala sobre os olhos claros de Seu Madruga e é feita uma conta dos cascudos mas essas informações estão na seção de curiosidades.
O livro é muito bem documentado com varias entrevistas, uma com as filhas de Don Ramon, outra com o seu dublador brasileiro, diversos links do youtube inclusive de suas participações em outros programas de chespirito como "Os supergenios da mesa quadrada". Há uma lista de suas aparições em inúmeros filmes (não contei mas acho que chega a 100!), e a história de sua família : seus irmãos comediantes (Tintan e El loco), sua mãe, sua avó paterna italiana que implicava com sua mãe índia e claro frases e mais frases "madruguísticas" além de canções,umas já conhecidas e outras de bandas que lhe dedicaram músicas,bandas que tem o mesmo nome ou fazem alguma referência a esse incrível personagem...interessantíssississimo , recomendo para os fãs.
Até sobre filosofia é falado no livro, muito brevemente é verdade e muito parecido com o que já postei por aqui (http://chaveseafilosofia.blogspot.com/2008/12/seu-madruga-jaiminho-e-o-direito.html), só que ao invés de Lafargue é citado outro pensador,o anarquista Bob Black. Ele também associa o trabalho ao sofrimento e propõe um novo estilo de vida baseado na brincadeira (uma revolução lúdica), bem diferente do nosso lazer que " é o tempo gasto se recuperando do trabalho numa vã tentativa de esquecer o trabalho. É o não trabalho em nome do trabalho".
Por fim como já disse recomendo a leitura e que não julguem nenhum livro pela (quarta)capa.